Situação política na Guiné - Bissau
Como resultado da crise política, o pagamento
de salários dos funcionários públicos foi adiado, na ausência de um Governo, e
da temporada de negociação de caju, crucial para a economia e subsistência da
população, foi interrompido.
Soldados na Guiné-Bissau - um país com
uma história de golpes, instabilidade e desgoverno político desde que ganhou a
independência de Portugal em 1974, tomou o poder em 12 de Abril. A decisão foi tomada antes da eleição de
segundo turno presidencial que estava prevista para 22 de abril entre o Sr.
Gomes Júnior e ex-presidente, Kumba Yala.
O atraso constante no retorno
à normalidade está impactando negativamente os cidadãos inocentes que querem
ver uma resolução rápida para a crise
De acordo com avaliações
realizadas pelo Programa Alimentar Mundial ( PAM), o impacto da situação em domicílios nas regiões de
Oio, Quinara, Gabu, Bafatá e Cacheu, indicou que castanhas de caju estão sendo
negociadas a um preço menor do que o acordado, afetando seriamente o rendimento
da população que depende desse produto de exportação principal de ganhar a
vida.
A situação politica vivida na Guiné-Bissau é
lamentável, como sempre, a camada mais pobre é que sente na pele as
consequências destas crises.
As tensões entre militares permanecem uma potencial fonte de instabilidade
na Guiné-Bissau e os autores dos assassinatos de figuras políticas e militares
em 2009 continuam a gozar de "impunidade.
O auto-intitulado Comando Militar que em Abril
afastou o primeiro-ministro e o Presidente interino da Guiné anunciou que está
a entregar o poder aos civis e apresentou a conferência de imprensa que esta
quarta-feira fez em Bissau como a última.
Esta
decisão foi tomada depois de um acordo a que os militares golpistas chegaram
nas últimas semanas com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental
(CEDEAO) e partidos políticos da oposição. Esse entendimento prevê a nomeação
de líderes de transição para os lugares do chefe do Governo, Carlos Gomes
Júnior, e do Presidente interino, Raimundo Pereira.
Na
conferência de imprensa de quarta-feira, Na Walna acusou Portugal de
"interferência nociva" no seu país e considerou levianas as
declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, quando, na
semana passada, disse que o tráfico de droga é a chave do golpe de 12 de Abril.
Fonte: Liberal, Asemana,
Expresso das ilhas