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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Safende e os seus obstáculos


Safende é um bairro periférico da cidade da praia, um dos mais pobres bairro da zona norte que conta com uma população de cerca seis mil habitantes, na qual grande parte proveniente do interior e de outras zonas do pais. É de destacar também a existência de muitas famílias que vivem com com fracos recursos económicos, baixo nível de escolaridade, desemprego de longa duração e/ou trabalho de vínculo precário que afecta sobretudo a população jovem.

Neste contexto surgiu a associação amigos de safende em parceria com as instituições com o único objectivo de criar condições adequadas para apoiar as crianças, jovens,  família, invalidez e em todas as situações de falta ou diminuição de meios de subsistências ou capacidade para o trabalho, promovendo assim a integração social ou comunitária, a educação e a formação profissional, a promoção da convivência multicultural e o incentivo e desenvolvimento de capacidades de organização e autonomia de grupos da população.
Espaço aberto Safende é um centro de intervenção comunitária que visa contribuir para melhorar as condições de vida das crianças e dos jovens deste bairro.
Para as crianças o centro presta diferentes serviços ligados á educação e diversão.


Para os jovens o espaço aberto garante actividades de prevenção de conduta de risco, promove a inserção sócio-profissional e oferece actividades lúdicas saudáveis.



Entrevista com o coordenador do espaço aberto de Safende.
Jornalista-De onde veio essa ideia de criar esse espaço»?
Coordenador do espaço - surgiu de uma iniciativa da comunidade de Safende, nasceu a partir da revindicações de jovens da comunidade que não tinham um espaço para reunirem-se, organizarem-se, para passar o tempo livre e também e no bairro faltava espaço para praticar desportos e outras actividades. Esses jovens revindicaram durante um encontro onde também estava presente a direcção da associação Zé Moniz e essa associação acolheu as revindicações e apoiou esses jovens a terem um espaço para a pratica do basquete e logo seguir em 2008 foi alugada uma pequena casa no bairro para a abertura to de Safende.
Jornalista-Qual é a finalidade do espaço aberto?
Coordenador do espaço – A finalidade é ter um centro de intervenção comunitária que na articulação com a comunidade, possa promover, proporcionar maiores oportunidades para as crianças, jovens e tentando melhorar a qualidade de vida dos moradores do bairro.

Jornalista- Quem são os maiores beneficiários das actividades que vocês promovem?
Coordenador do espaço-O centro beneficia a comunidade em quatro vertentes, existe uma parte educativa, onde temos 100 crianças que apoiamos com jardins infantis, apoio escolar, alimentação, temos jovens dos 13 até aos 19 anos que também apoiamos, tem uma parte de apoio psicossocial, onde uma psicóloga e assistente social faz o serviço para a comunidade, famílias e as crianças beneficiadas, temos a parte de intervenção sócio-profissional, onde funciona várias formações em diferentes âmbitos, como por exemplo: a informática, artesanato, culinária, inglês e entre outros, têm uma outra vertente onde a comunidade pode usufruir do centro para praticar desportos como judo, karaté, box, dança hip-hop, temos uma mediateca, uma plasma, onde as pessoas podem ver filmes, nós apoiamos sempre a comunidade quando fazem alguma actividade na rua como torneio e qualquer actividade recreativa.

Jornalista -Vocês tem o apoio do governo?

O apoio do governo que temos são duas professoras que são cedidas pelo ministério da educação. Uma é da sala de apoio escolar a outra destacada pela associação Zé Moniz, temos uma ajuda nos géneros alimentício da ficasse envolvendo o ministério da educação para a alimentação das crianças, não beneficia na totalidade mas contribui para essas crianças terem uma alimentação diária.

Jornalista- Os moradores do bairro sabem aproveitar este centro?
Coordenador do espaço - Claramente que os jovens e as comunidades, sabem aproveitar o centro, aliás chegam pessoas superiores a da capacidade do centro, de certeza que as pessoas despertam pelo desempenho do centro e como não conseguimos dar respostas a toda a comunidade fazemos selecção e tem pessoas que não ficam satisfeitos quando não são selecionados.

Jornalista- As pessoas que tem melhores condições de vida contribuem ou apoiam o espaço aberto?
Coordenador do Espaço- Em algumas situações sim, tem voluntários que terminam os estudos e fazem os estágios aqui, deste modo transmite conhecimentos para pessoas que não tiveram essa oportunidade, temos alguns moradores que apadrinham as crianças do jardim como uma forma de apoiar financeiramente a criança de um vizinho.
Jornalista-Alguns messes atrás passaram na comunicação social que o espaço estava a passar por dificuldades, que dificuldades são essas?
Coordenador do espaço-As dificuldades maiores que temos até agora, são as dificuldades financeiras, já terminou prazo do nosso principal financiamento que é do Zé Moniz, o projecto funciona por fases, ou seja o financiamento a termo certo. Temos o micro-financiamento até junho e é muito reduzido, poderia ser maior mas devido a crise internacional foi reduzido, estas dificuldades vem desde o mês de Maio.
Jornalista - Estas dificuldades podem fazer com que o espaço feche? Coordenador do espaço- Fechar não, porque não é fácil um centro fechar, de toda a maneira é um centro que funciona também com os voluntariados, acredito que o centro provavelmente reduzirá alguns serviços que presta a comunidade. Portanto o centro pode não beneficiar as 200 pessoas que diariamente beneficia, não ter um jardim, não dar a alimentação, conforme o dinheiro que conseguirmos iremos activar ou não o serviço.
Jornalista- A sociedade reconhecem o vosso trabalho?
Coordenador do espaço-As pessoas com quem eu falo dizem que é um trabalho bonito, parabenizam o trabalho e dizem que este centro deveria ser criado em outros bairros, ganhamos um premio em Dezembro de 2011 da comissão nacional dos direitos humanos.
Jornalista-Quais são os projectos do espaço aberto para o futuro? Coordenador do espaço-Os projeto são muitos, um dos é de continuar aquilo que estamos a fazer, queremos muito ter uma abordagem á família, melhorar as condições de vida das famílias, dar formações para as mães a fim de serem capacitadas para terem um trabalho digno.
  Jornalista- Já pensaram abrir mais espaço em outro bairro? Coordenador do espaço- Nunca recusamos essa oportunidade, mas precisamos de mais financiamento, este projecto vai ser trabalhada.
Visto que a situação dessa população é agravante e preocupante, a associação amigos de Safende pede apoios e solidariedade de todos, para que a população de Safende tenha uma vida digna e que a paz reine nessa zona.

















quinta-feira, 21 de junho de 2012


 



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 Histórias pratos típicos

Nós comemos aquilo que plantamos, por isso sabemos dar valor a aquilo que pomos no prato, damos valor a aquilo que conseguimos, e o que comemos nos faz ser o que somos.


 Os pratos típicos de Cabo Verde são derivados de toda a África e da Europa ocidental e implementado nas ilhas de Cabo Verde, os produtos foram ganhando espaço na gastronomia desse País, destacando-se pela fusão com outros produtos tradicionais dando resultado a pratos maravilhosos.
Sobre a bebida é o que se sabe.
O famoso grogue Cabo-verdiano faz as delícias dos apreciadores da cachaça e não só.
Pois é com essa aguardente que se faz os deliciosos e famosos «PONTXES» de Cabo Verde, que é adorado por esse povo e principalmente pelos que se encontram fora do País e se alegram com um único gole, quando possível, recordando assim a terra amada.
O povo Cabo-verdiano é famoso pela sua alegria de viver, a sua hospitalidade, e o amor pelas festas.
Nas festas populares é que se destacam os melhores pratos que em algum dos casos só são confeccionados uma vez por ano, deixando assim a saudade dos apreciadores.
Cada ilha, cada cidade, cada região é famoso pela sua originalidade e criatividade, fazendo com que cada estranho que vá de visita pense principalmente na COMIDA.
No dia-a-dia dos Cabo-Verdianos, a alimentação varia entre pão, frutas, arroz, leite, café, milho e principalmente peixe que está mais presente do que a carne.

Feijão, Arroz e principalmente Milho.
Essas são a base da gastronomia Cabo-verdiana que confeccionados de diferentes formas fazem com que cada prato seja único.






terça-feira, 19 de junho de 2012


Entrevista com a chefe de cozinha do restaurante espaço k


Yara é uma adolescente batalhadora, que com muitos esforços conseguiu um emprego no restaurante espaço k, situado na zona de Quebra canela na cidade da praia, antes de trabalhar neste restaurante esta fez um curso de culinária na escola Hotelaria e Turismo de Cabo Verde e fez o seu estágio em um dos restaurantes da ilha da Boa Vista, ela é especialista tanto nos pratos tradicionais como também nos pratos estrangeiros ou outros que a mesma inventa.




jornalista: Em que ano começaste a trabalhar neste espaço?

Chefe de cozinha : Comecei a trabalhar aqui desde o mês de Dezembro, depois de terminar o meu estágio na Boa Vista.

jornalista: qual é prato principal deste restaurante?

Chefe de cozinha: Aqui se faz de tudo, temos vários tipos de pratos bastantes deliciosos, a causa dessa diversidade é que não temos clientes específicos.

jornalista: que tipo de clientes que vocês recebem aqui?
Chefe de cozinha: Aqui vem todo tipo de cliente, temos clientes tanto estrangeiros como também Cabo-Verdianos, este restaurante é bastante heterogéneo.

jornalista: Qual é o prato mais pedido pelos vossos  clientes?

Chefe de cozinha: É interessante porque os Cabo-Verdianos gostam mais de pedir pratos tradicionais e os estrangeiros gostam mais de pratos tradicionais de Cabo Verde principalmente a cachupa.

jornalista: Qual é o prato tradicional de Cabo Verde que vocês fazem aqui?

Chefe de cozinha: Os pratos tradicionais que mais fazemos aqui são: A Cachupa, Xerém, feijoada e a jagacida, guisado de Cabrito e de Vaca ou seja, nós trabalhamos de acordo com os pedidos dos clientes.

jornalista: Alguma vez já passaram por situações em que um cliente pede um determinado prato tradicionais e vocês não conseguiram dar resposta ou então satisfaze-los?

Chefe de cozinha: felizmente ainda não, até hoje conseguimos dar resposta á todos pedidos dos nossos clientes.

jornalista: Qual é vossa prespectiva em relação aos pratos tradicionais de Cabo Verde para o futuro?
Chefe de cozinha : Esperamos dar sempre as respostas às todas as demandas dos nossos clientes e para isso esperamos ter mais receitas de como fazer os pratos tradicionais de Cabo Verde. Temos várias receitas das comidas tradicionais, mas a maioria são da ilha de Santiago e o desafio é ter receitas de todas as ilhas.





Obrigada pela sua disponibilidade e por nos facultar esta entrevista.

Editorial sobre o jornalismo em Cabo Verde
 Parece curioso mas é a mais pura verdade, em Cabo Verde existe um jornalismo, mas não existe o jornalismo cabo-verdiano, o que existe é um jornalismo voltado para os poderes político-económicos, ou seja o jornalismo praticado em Cabo Verde é muito politiquês.
 Não podemos falar em jornalismo cabo-verdiano, porque ainda não somos, suficientemente capazes de pensar pelas nossas próprias cabeças e andar com as nossas próprias pernas.
O problema maior no nosso jornalismo brinda com o comprometimento dos profissionais da comunicação social com o sistema de interesse estabelecido no seio da classe, tendo como pano de fundo, a cumplicidade do Governo. Por isso, enquanto não atingirmos o patamar de autonomia cognitiva e demarcar da promiscuidade com os poderes, não podemos falar rigorosamente em jornalismo cabo-verdiano.
Temos um jornalismo, em que os princípios da ética e da deontologia da profissão são sistematicamente violados em prol dos interesses dos poderes. Contudo, informar, ser informado e informa-se, requer um exercício intelectual para o qual os nossos jornalistas não estão habituados.
É de realçar que a classe jornalística cabo-verdiana conta hoje, com um número bastante significativo de profissionais com curso superior em Jornalismo, Ciências da Comunicação ou simplesmente Comunicação Social, mas ainda assim, continuamos a conviver e viver, sobretudo na televisão e na rádio públicas, com um jornalismo precária e fortemente influenciado por outrem. Nas estações do estado que temos em Cabo Verde, são os comissários políticos colocados estrategicamente que determinam o conteúdo informativo que os cidadãos devem ou não ter acesso, ou seja as pessoas ficam limitados a terem informações, ouvem e vêem somente aquilo que os outros querem.
Cabo Verde tomou a sua independência há muito tempo, mas o fantasma da censura permaneceu e continua ainda a ser exercido no país principalmente dos órgãos de comunicação social.
O que falta ainda em Cabo Verde é um órgão de comunicação social especializada, visto que no país existe um jornalismo bastante generalista, ou seja , um jornalismo que trata de tudo um pouco, mas nada em profundidade, isto é, este modelo de fazer  jornalismo é como uma «clínica geral».
O jornalismo em Cabo Verde deveria dar mais enfâse as problemáticas socias que afligem a sociedade e que estão a pôr em causa a vida dos cidadãos, em vez de cobrir tudo e quaisquer actividades feitas pelos políticos.
O que falta no país é um jornalismo cívico:
O jornalismo não deveria limitar-se a olhar para a superfície, mas aprofundar questões e identificar às causas dos problemáticos comunitários, concedendo maior atenção a soluções moderadas do que às extremistas.
Esta perspectiva envolve uma crítica às rotinas profissionais: A regra do ouvir os dois lados.



segunda-feira, 11 de junho de 2012



Escabeche de peixe



Ingredientes

 -1 kg de filé de peixe a sua escolha
-Sal a gosto
-Suco de limão a gosto
-Pimenta-do-reino (opcional)
-1 kg de tomates maduros e picados
-Óleo para fritura
-Farinha de trigo para empanar
-2 Cebolas cortadas em fatias
-1 Folha de louro
-Vinagre

 Modo de Preparação
1. Tempere o peixe com sal, alho, pimenta e limão
2. Frite-as e deixe escorrer no papel absorvente
3. À parte, refogue a cebola em azeite, acrescente os tomates picados, o vinagre, a folha de louro e um pouco de sal
4. Deixe em fogo baixo para apurar o molho
5. Caso seja necessário coloque um pouco de água fervente para não ficar muito seco
6. Em um pirex, faça camadas com as fatias de peixe, regando com o molho quente.

7. Termine as camadas com o molho

8. Pode servir gelado ou quente.



Ingredientes

  • Carne salada: 200 g
  • Abóbora: 400 g
  • Água
  • Arroz
  • Azeite
  • Cebola: ½
  • Couve: 250 g
  • Ervilhas: 1 lata
  • Feijão: 250 g
  • Folha de louro: 1
  • Sal: q.b.
  • Pimenta: q.b.
  • Carolo de milho



Preparação
Refoga-se, no azeite, a ½ cebola que deve ser cortadas em rodelas. No mesmo tacho, junta-se a folha de louro, o líquido da lata de ervilhas e 5 tigelas de água. Tapa-se o tacho e deixa ferver. Junta-se o arroz, o sal e a pimenta. Adiciona-se, também, a abóbora que vai cortada em cubinhos. Junta-se, ainda, o feijão, já demolhado; a couve, cortada miúda e as carnes salgadas (também cortadas) ao mesmo tempo junta-se o carolo de milho e as ervilhas. Fica a cozer em lume brando. Se o nível de água baixar muito, adiciona-se mais líquido.
Fica pronto quando os legumes estiverem bem cozidos.


Pastel de Milho


Ingredientes:

- 1 Kg de farinha de milho
- 1,5 Kg de peixe (segundo a preferência)
- 1 Kg de batata-doce
- salsa picada
- 1 Cebola picada
- 6 Dentes de alho
- Sal q.b.
- Água morna
- Óleo para fritar
- Azeite q.b.



 Modo de preparação:

Primeiro prepara-se o recheio, cozendo o peixe em água e sal, escorrendo-o e limpando de todas as peles e espinhas. Juntar a salsa, a cebola, o alho e misturando bem. Passar esta pasta de peixe na frigideira com o azeite para refogar um pouco e retirar do lume.
Para a massa de milho, coza a batata-doce com casca em água e sal. Descasque quando estiver cozida e corte aos bocados.
Junte a farinha de milho com a batata-doce e adicione um pouco de água morna, o suficiente para a massa não ficar demasiado mole.

 Reserve a massa embrulhada num pano húmido e vá retirando conforme necessário.
Em cima da mesa/tábua de trabalho estique outro pano húmido, para trabalhar a massa.
Ponha uma porção (2 ou 3 colheres de sopa) no centro do pano e com a palma da mão vá batendo suavemente, de modo a criar uma forma redonda com a massa (cuidado para não ficar demasiado fina e quebrar).
Ponha um pouco do recheio de peixe no centro da massa e dobre-a calcando as pontas do pastel de forma a fechá-lo. Com cuidado para não partir o pastel, frite-o em óleo (abundante) bem quente, até ficar dourado. Ao retirar deixe escorrer sobre papel absorvente e sirva de preferência quente.

Bom apetite.

Violência Urbana


Como vem sendo amplamente noticiado nos médios, os índices de violência urbana tem aumentado significativamente, o que causa grande insegurança nos cidadãos de bem.
Prova disso é a grande poder de armas atribuídos aos bandidos que a cada dia, dão mostra das suas ousadias ao poder público e á polícia.
Esses bandidos matam, assaltam, fazem coisas que aterrorizam as pessoas.
No que tange às polícias, faltam investimentos necessários para o tratamento e aquisição de equipamento, o que deixa em desvantagens á criminalidade.
A justiça Cabo-verdiana tem-se mostrado, ultrapassada e carente da reforma, pecando em aspecto cruciais como: Aplicar penas rigorosas á infratores que poderiam ser punidas com sanções alternativas.
Hoje as pessoas são mortas dentro das suas residências, e com essa situação onde é que vamos?
Onde é que podemos nos esconder?
A violência hoje se tornou uma doença cronica ou então uma moda.
Estamos em plena apocalipse.




Caldeirada de Cabrito



1 k de carne de cabrito
· Sal e pimenta 
.Calda de tomate ou Goya
· 50 gr de margarina
· 350 gr de cebolas
· 2 Dentes de alho
· Salsa
· 2 Folhas de louro
· 1 Pimentão verde
· 80 gr de chouriço
· 300 gr de tomate
· 3,5 dl de vinho branco
· 1,5 dl de azeite
· 1,5 kg de batatas



Preparação:

Corte o cabrito em pedaços e tempere com vinho branco, sal e pimenta. Aloure na margarina bem quente e escorra. Descasque as batatas, corte em rodelas, lave, escorra e tempere com sal, pimenta e goya. Corte os alhos em lâminas, a cebola em rodelas finas, o pimentão em tirinhas e o tomate em rodelas. Coloque num tacho, e por esta ordem, camadas de cebolas, pimentão, dentes de alho, uma folha de louro, batatas, a carne e tomate. Vá repetindo as camadas até acabar. O chouriço, cortado às rodelas, é a última camada, coloque o vinho branco e o azeite.

 Tape e leve a lume médio cerca de 40 minutos. Vá retificando os temperos a gosto. Sirva com salsa picada.

quinta-feira, 7 de junho de 2012


Domínio Francês

Depois da queda do Império Otomano durante a primeira guerra mundial, a Síria foi administrada pela França até a independência em 1946.



Em 1920, a França ocupou militarmente o país, forçando a retirada de Faisal. Dois meses depois, a Síria foi dividida em cinco Estados coloniais: Grande Líbano (que agregava outras regiões ao território do Pequeno Líbano), Damasco, Alepo, Djabal Druza e Alawis (Latakia); sendo que os quatro últimos foram reunificados em 1924.

Até 1932, o país viveu em relativa tranquilidade, naquele ano foram eleitos o presidente e o parlamento, mas a França deixou clara sua intenção de não permitir uma grande autonomia interna. A negativa francesa engendrou a agitação e conflitos, que cessaram em 1936 com um acordo onde os franceses reconheceram a justiça das reivindicações dos sírios, sendo que a principal delas era a reunificação com o Líbano, entretanto, esse acordo nunca foi ratificado, o que causou mais agitação que culminou em 1939 com a renúncia do presidente sírio e a suspensão da Constituição de 1930.



A retirada das tropas francesas somente foi concluída em 1947[2].

Em 1948, as forças sírias lutaram contra a divisão da Palestina e, em 1957, durante a Guerra do Suez, foram aliadas do Egito, atacado por Israel, França e Inglaterra.

Em 1958, a Síria e o Egito iniciaram uma experiência de unificação política por meio da República Árabe Unida, que foi um ambicioso projeto impulsionado por Gamal Abdel Nasser, que teve curta duração, e, portanto, em 1961, os dois países voltaram a ser estados distintos. Dez anos depois foi feita outra tentativa de unificação política dos países árabes, por meio da Federação das Repúblicas Árabes, que foi uma tentativa de unificação política que concedia uma maior autonomia aos países membros e que, além do Egito, incluia também a Líbia.

Em 1963, ocorre uma revolução popular que levou ao poder o Partido Baath Árabe Socialista, que fora fundado em 1947 por Michel Aflaq, um militante nacionalista de origem cristã.

Em novembro de 1970, o General Hafez al-Assad assumiu o poder e introduziu reformas nas estruturas econômicas e sociais.

O país teve participação fundamental nas guerras árabe-israelenses travadas em 1967 (Guerra dos Seis Dias) e em 1973 (Guerra do Yom Kipur), durante as quais as forças israelenses ocuparam as Colinas de Golã. Posteriormente, se opôs à política dos EUA na região e aos acordos de Camp David, formando a Frente de Firmeza, em conjunto com a Argélia, o Iêmen e a OLP.

Em 1976, tropas sírias formavam a maioria da Força Árabe de Dissuasão, que interveio para evitar que a partição do Líbano, durante a Guerra Civil Libanesa.

Em 1980, se observava uma tensão entre a Síria de um lado, e a Arábia Saudita, o Iraque e a Jordânia do outro. Essa situação se agravou com o início da Guerra Irã-Iraque, pois o governo sírio culpou o Iraque pelo início do conflito, que trazia prejuízos para que se buscasse uma solução para a questão palestina, que seria o problema central da região. Naquele mesmo ano, a Síria acusou a Jordânia de apoiar a Irmandade Muçulmana, situação que colocou os dois países na iminência de um conflito bélico, evitado por meio da mediação do príncipe saudita Abdalla Ibn Abdul-Aziz.



Em meados de 1983, houve uma séria crise entre as autoridades sírias e a direção da OLP, o que levou a Síria a apoiar abertamente líderes palestinos que se oponham a Yasser Arafat.

Em 1984, o governo sírio adotou uma férrea política de austeridade econômica e de combate ao contrabando, em decorrência da queda dos preços do petróleo.

Em 1985, al-Assad conseguiu mais sete anos de mandato em votação na qual obteve 99,8% dos votos (percentual semelhante aos antes obtidos em 1971 e em 1978).

Em 1987, houve uma grave crise política que resultou na renúncia do primeiro-ministro Abdul Raouf al-Kassem, acusado de corrupção, que foi substituído por Mahmoud Az-Zoubi, que era o presidente do parlamento na época

Em maio de 1990, a Síria restaurou as relações diplomáticas com o Egito. Alguns observadores atribuíram esta reaproximação à redução do apoio militar da União Soviética para o regime sírio.

Em 1990, durante o conflito iniciado pela invasão do Kuwait pelo Iraque, a Síria rapidamente se alinhou com a aliança anti-Iraque e enviou tropas para a Arábia Saudita. As relações diplomáticas com os Estados Unidos melhoraram significativamente. No contexto da crise, a Síria aumentou a sua influência no Líbano e foi capaz de fortalecer um governo aliado e desarmar a maioria das milícias autônomas que atuavam naquele país.

Em maio de 1991, a Síria e o Líbano assinaram um acordo de cooperação no qual a Síria reconheceu a independência do Líbano.



Em 2 de dezembro de 1991, Hafez al-Assad foi reeleito pela quarta vez, com 99,98% dos votos, em um referendo, quinze dias depois o governo sírio libertou 2,8 mil membros da Irmandade Muçulmana que se encontravam presos por motivos políticos.

A Síria não participou dos Acordos de Oslo que permitiram o estabelecimento de uma Autoridade Palestina e a assinatura de acordos de Paz entre Israel e a Jordânia em julho de 1994, pois defendia uma solução global para o conflito árabe-israelense e exigia a retirada completa de Israel dos Territórios Ocupados desde a Guerra dos Seis Dias em 1967.

Em junho de 1995, tiveram início negociações formais para a devolução das Colinas de Golã à Síria que não tiveram êxito, pois Israel não abriu mão de manter indefinidamente uma presença militar limitada na região. Em outubro, um confronto entre o Hezbollah e tropas israelenses no sul do Líbano complicou a retomada das negociações.



Em 1999, Hafez al-Assad foi, mais uma vez, reeleito.

 Em 10 de junho de 2000, ocorreu a morte Hafez al-Assad, que foi sucedido por seu filho, Bashar al-Assad, que assumiu o cargo em julho.

Em junho de 2001, a Síria completou a retirada de suas tropas de Beirute, um ano após a retirada das tropas israelenses do sul do Líbano, tal retirada era objeto de uma campanha do patriarca cristão maronita Nasrallah Sfeir.

Em maio de 2002, o Papa João Paulo II visitou a Síria e Bashar al-Assad aproveitou a cerimônia de boas vindas para fazer um forte ataque contra Israel, comparando o sofrimento dos árabes ao suportado por Jesus Cristo. Em resposta, João Paulo II apelou em favor de uma nova atitude de compreensão e respeito entre cristãos, muçulmanos e judeus.

Em abril de 2002, uma estação de radar síria no Líbano foi atacada por aviões israelenses, como represália a um ataque de guerrilheiros do Hezbollah.

Em maio de 2002, John Bolton, um graduado oficial dos Estados Unidos, incluiu a Síria no chamado 'eixo do mal", acusando o regime sírio de tentar obter armas de destruição em massa.

Em abril de 2003, com a invasão do Iraque já em andamento, os Estados Unidos ameaçaram a Síria com sanções econômicas e diplomáticas, dizendo que o regime síria protegia fugitivos do regime deposto no Iraque. O governo sírio rejeitou as acusações.

Em 8 de março de 2004, o Comitê de Defesa das Liberdades Democráticas e Direitos Humanos na Síria organizou um protesto sem precedentes em Damasco para exigir democracia e liberdade para os presos políticos, dois líderes daquele protesto (Ahmad Jazen e Hassan Wattfa) foram presos durante dois meses.

Em abril de 2004, houve uma explosão em um prédio que havia sido sede da Organização das Nações Unidas em Damasco, após a explosão, ocorreu um tiroteio que matou um civil, um policial e dois dos quatro ativistas envolvidos. O governo sírio atribuiu a autoria do atentado a fundamentalistas islâmicos.

Em maio de 2004, Estados Unidos impuseram sanções econômicas contra a Síria sob a acusação de apoio ao terrorismo e de não impedir a entrada de guerrilheiros que lutavam contra a ocupação americana no Iraque.

Em fevereiro de 2005, o ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, um líder sunita que se opunha à influência da Síria no Líbano, foi morto em um violento atentado em Beirute, o regime sírio foi acusado de envolvimento. Nesse contexto, as potências ocidentais e a oposição libanesa fizeram uma grande pressão para que as tropas e agentes de inteligência síria se retirassem imediatamente do Líbano

No início de fevereiro 2006, manifestantes sírios atearam fogo ao prédio onde as embaixadas estavam situadas da Dinamarca e da Noruega, durante um protesto contra a publicação em um jornal dinamarquês de charges satirizando o profeta Maomé



Em maio de 2007, Bashar al-Assad foi reeleito para o cargo de presidente por mais sete anos, com 97,62% dos votos em um referendo.



Em agosto de 2007, Bashar al-Assad reafirmou o interesse do país em recuperar totalmente as Colinas de Golã,.

No fim de 2011, soldados desertores e civis armados da oposição formaram o chamado Exército Livre Sírio para iniciar uma luta convencional contra o Estado.

2012, As forças leais ao presidente sírio Bashar al-Assad continuam a atacar os bastiões rebeldes ao longo do país. A rebelião entra no segundo ano mas as hipóteses.

22 de Janeiro, A Liga Árabe propôs um plano para a Síria . Já tinha proposto um acordo, em novembro passado, aprovado pela Síria, que previa o fim da violência, a libertação dos presos, a retirada do exército e a livre circulação dos observadores e dos jornalistas.