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quinta-feira, 7 de junho de 2012


Domínio Francês

Depois da queda do Império Otomano durante a primeira guerra mundial, a Síria foi administrada pela França até a independência em 1946.



Em 1920, a França ocupou militarmente o país, forçando a retirada de Faisal. Dois meses depois, a Síria foi dividida em cinco Estados coloniais: Grande Líbano (que agregava outras regiões ao território do Pequeno Líbano), Damasco, Alepo, Djabal Druza e Alawis (Latakia); sendo que os quatro últimos foram reunificados em 1924.

Até 1932, o país viveu em relativa tranquilidade, naquele ano foram eleitos o presidente e o parlamento, mas a França deixou clara sua intenção de não permitir uma grande autonomia interna. A negativa francesa engendrou a agitação e conflitos, que cessaram em 1936 com um acordo onde os franceses reconheceram a justiça das reivindicações dos sírios, sendo que a principal delas era a reunificação com o Líbano, entretanto, esse acordo nunca foi ratificado, o que causou mais agitação que culminou em 1939 com a renúncia do presidente sírio e a suspensão da Constituição de 1930.



A retirada das tropas francesas somente foi concluída em 1947[2].

Em 1948, as forças sírias lutaram contra a divisão da Palestina e, em 1957, durante a Guerra do Suez, foram aliadas do Egito, atacado por Israel, França e Inglaterra.

Em 1958, a Síria e o Egito iniciaram uma experiência de unificação política por meio da República Árabe Unida, que foi um ambicioso projeto impulsionado por Gamal Abdel Nasser, que teve curta duração, e, portanto, em 1961, os dois países voltaram a ser estados distintos. Dez anos depois foi feita outra tentativa de unificação política dos países árabes, por meio da Federação das Repúblicas Árabes, que foi uma tentativa de unificação política que concedia uma maior autonomia aos países membros e que, além do Egito, incluia também a Líbia.

Em 1963, ocorre uma revolução popular que levou ao poder o Partido Baath Árabe Socialista, que fora fundado em 1947 por Michel Aflaq, um militante nacionalista de origem cristã.

Em novembro de 1970, o General Hafez al-Assad assumiu o poder e introduziu reformas nas estruturas econômicas e sociais.

O país teve participação fundamental nas guerras árabe-israelenses travadas em 1967 (Guerra dos Seis Dias) e em 1973 (Guerra do Yom Kipur), durante as quais as forças israelenses ocuparam as Colinas de Golã. Posteriormente, se opôs à política dos EUA na região e aos acordos de Camp David, formando a Frente de Firmeza, em conjunto com a Argélia, o Iêmen e a OLP.

Em 1976, tropas sírias formavam a maioria da Força Árabe de Dissuasão, que interveio para evitar que a partição do Líbano, durante a Guerra Civil Libanesa.

Em 1980, se observava uma tensão entre a Síria de um lado, e a Arábia Saudita, o Iraque e a Jordânia do outro. Essa situação se agravou com o início da Guerra Irã-Iraque, pois o governo sírio culpou o Iraque pelo início do conflito, que trazia prejuízos para que se buscasse uma solução para a questão palestina, que seria o problema central da região. Naquele mesmo ano, a Síria acusou a Jordânia de apoiar a Irmandade Muçulmana, situação que colocou os dois países na iminência de um conflito bélico, evitado por meio da mediação do príncipe saudita Abdalla Ibn Abdul-Aziz.



Em meados de 1983, houve uma séria crise entre as autoridades sírias e a direção da OLP, o que levou a Síria a apoiar abertamente líderes palestinos que se oponham a Yasser Arafat.

Em 1984, o governo sírio adotou uma férrea política de austeridade econômica e de combate ao contrabando, em decorrência da queda dos preços do petróleo.

Em 1985, al-Assad conseguiu mais sete anos de mandato em votação na qual obteve 99,8% dos votos (percentual semelhante aos antes obtidos em 1971 e em 1978).

Em 1987, houve uma grave crise política que resultou na renúncia do primeiro-ministro Abdul Raouf al-Kassem, acusado de corrupção, que foi substituído por Mahmoud Az-Zoubi, que era o presidente do parlamento na época

Em maio de 1990, a Síria restaurou as relações diplomáticas com o Egito. Alguns observadores atribuíram esta reaproximação à redução do apoio militar da União Soviética para o regime sírio.

Em 1990, durante o conflito iniciado pela invasão do Kuwait pelo Iraque, a Síria rapidamente se alinhou com a aliança anti-Iraque e enviou tropas para a Arábia Saudita. As relações diplomáticas com os Estados Unidos melhoraram significativamente. No contexto da crise, a Síria aumentou a sua influência no Líbano e foi capaz de fortalecer um governo aliado e desarmar a maioria das milícias autônomas que atuavam naquele país.

Em maio de 1991, a Síria e o Líbano assinaram um acordo de cooperação no qual a Síria reconheceu a independência do Líbano.



Em 2 de dezembro de 1991, Hafez al-Assad foi reeleito pela quarta vez, com 99,98% dos votos, em um referendo, quinze dias depois o governo sírio libertou 2,8 mil membros da Irmandade Muçulmana que se encontravam presos por motivos políticos.

A Síria não participou dos Acordos de Oslo que permitiram o estabelecimento de uma Autoridade Palestina e a assinatura de acordos de Paz entre Israel e a Jordânia em julho de 1994, pois defendia uma solução global para o conflito árabe-israelense e exigia a retirada completa de Israel dos Territórios Ocupados desde a Guerra dos Seis Dias em 1967.

Em junho de 1995, tiveram início negociações formais para a devolução das Colinas de Golã à Síria que não tiveram êxito, pois Israel não abriu mão de manter indefinidamente uma presença militar limitada na região. Em outubro, um confronto entre o Hezbollah e tropas israelenses no sul do Líbano complicou a retomada das negociações.



Em 1999, Hafez al-Assad foi, mais uma vez, reeleito.

 Em 10 de junho de 2000, ocorreu a morte Hafez al-Assad, que foi sucedido por seu filho, Bashar al-Assad, que assumiu o cargo em julho.

Em junho de 2001, a Síria completou a retirada de suas tropas de Beirute, um ano após a retirada das tropas israelenses do sul do Líbano, tal retirada era objeto de uma campanha do patriarca cristão maronita Nasrallah Sfeir.

Em maio de 2002, o Papa João Paulo II visitou a Síria e Bashar al-Assad aproveitou a cerimônia de boas vindas para fazer um forte ataque contra Israel, comparando o sofrimento dos árabes ao suportado por Jesus Cristo. Em resposta, João Paulo II apelou em favor de uma nova atitude de compreensão e respeito entre cristãos, muçulmanos e judeus.

Em abril de 2002, uma estação de radar síria no Líbano foi atacada por aviões israelenses, como represália a um ataque de guerrilheiros do Hezbollah.

Em maio de 2002, John Bolton, um graduado oficial dos Estados Unidos, incluiu a Síria no chamado 'eixo do mal", acusando o regime sírio de tentar obter armas de destruição em massa.

Em abril de 2003, com a invasão do Iraque já em andamento, os Estados Unidos ameaçaram a Síria com sanções econômicas e diplomáticas, dizendo que o regime síria protegia fugitivos do regime deposto no Iraque. O governo sírio rejeitou as acusações.

Em 8 de março de 2004, o Comitê de Defesa das Liberdades Democráticas e Direitos Humanos na Síria organizou um protesto sem precedentes em Damasco para exigir democracia e liberdade para os presos políticos, dois líderes daquele protesto (Ahmad Jazen e Hassan Wattfa) foram presos durante dois meses.

Em abril de 2004, houve uma explosão em um prédio que havia sido sede da Organização das Nações Unidas em Damasco, após a explosão, ocorreu um tiroteio que matou um civil, um policial e dois dos quatro ativistas envolvidos. O governo sírio atribuiu a autoria do atentado a fundamentalistas islâmicos.

Em maio de 2004, Estados Unidos impuseram sanções econômicas contra a Síria sob a acusação de apoio ao terrorismo e de não impedir a entrada de guerrilheiros que lutavam contra a ocupação americana no Iraque.

Em fevereiro de 2005, o ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, um líder sunita que se opunha à influência da Síria no Líbano, foi morto em um violento atentado em Beirute, o regime sírio foi acusado de envolvimento. Nesse contexto, as potências ocidentais e a oposição libanesa fizeram uma grande pressão para que as tropas e agentes de inteligência síria se retirassem imediatamente do Líbano

No início de fevereiro 2006, manifestantes sírios atearam fogo ao prédio onde as embaixadas estavam situadas da Dinamarca e da Noruega, durante um protesto contra a publicação em um jornal dinamarquês de charges satirizando o profeta Maomé



Em maio de 2007, Bashar al-Assad foi reeleito para o cargo de presidente por mais sete anos, com 97,62% dos votos em um referendo.



Em agosto de 2007, Bashar al-Assad reafirmou o interesse do país em recuperar totalmente as Colinas de Golã,.

No fim de 2011, soldados desertores e civis armados da oposição formaram o chamado Exército Livre Sírio para iniciar uma luta convencional contra o Estado.

2012, As forças leais ao presidente sírio Bashar al-Assad continuam a atacar os bastiões rebeldes ao longo do país. A rebelião entra no segundo ano mas as hipóteses.

22 de Janeiro, A Liga Árabe propôs um plano para a Síria . Já tinha proposto um acordo, em novembro passado, aprovado pela Síria, que previa o fim da violência, a libertação dos presos, a retirada do exército e a livre circulação dos observadores e dos jornalistas.




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